Black Pantera Inspira Ativismo com EP “Griô”, celebrando a história de resistência do povo negro
O Black Pantera, grupo mineiro conhecido por sua abordagem ativista, lança seu mais recente EP, “Griô”, marcando uma significativa mudança ao apresentar seu primeiro disco totalmente em inglês. Com um repertório autoral inovador, o trio lidera uma narrativa punk que perpetua a história de resistência do povo negro.
O EP “Griô” representa uma nova fase para o Black Pantera, um desdobramento natural enquanto a banda ainda se encontra imersa na agenda internacional da turnê baseada em seu terceiro álbum, “Ascensão” (2022).
Com cinco faixas que ressoam com o espírito ativista característico do Black Pantera, o EP é um mergulho profundo no universo do trash metal e do hardcore punk. Inspirado pela ideologia punk, o trio cria temas audaciosos e imperativos, exemplificados pela intensidade do hardcore em “Shut Up n’ Fuck Up”.
O EP “Griô” é precedido pelo single que introduziu a faixa “Dreadpool”, mantendo a chama do ativismo acesa enquanto expõe vulnerabilidades, como evidenciado em “Burnout”.
Encerrando o EP com “Ukumkani”, uma faixa que destaca a pegada incandescente do power trio, o Black Pantera escolheu o nome “Griô”, uma palavra de origem africana que significa “o guardião da memória oral de um povo”. Em uma declaração, o baixista Chaene da Gama contextualiza o significado do título:
“Acabamos sendo griôs da nossa era, pois falamos de retomada, do movimento negro, dos ativistas, da história do povo preto, dos impérios e tudo mais. Contamos a história do nosso povo, tão apagada, tão sequestrada, mas de uma maneira que a gente possa retomar isso e mostrar que nós somos história para além da escravidão, o que é também uma forma de combater o racismo e elevar os nossos ancestrais, o nosso povo”.
Gravado no estúdio Tambor da gravadora carioca Deck, o EP “Griô” foi masterizado por Chris Hanzsek no Hanzsek Audio em Seattle (EUA).
A capa do EP, assinada por Gustavo Cruzeiro, evoca a ancestralidade mencionada por Chaene, destacando a aguçada consciência presente neste disco. Com “Griô”, o Black Pantera não apenas alimenta a chama do ativismo, mas também perpetua a história de resistência do povo negro, elevando suas vozes e narrativas para além dos limites da escravidão. Este lançamento representa não apenas um marco musical, mas um testemunho poderoso do compromisso da banda com a conscientização e a mudança social.