Conheça a Armiferum: Banda brasileira que une Prog, Power e Metal Extremo
A banda Armiferum tem se destacado no cenário do metal nacional, conquistando fãs com sua sonoridade única que mistura Power, Prog e Metal Extremo. Recentemente, a banda teve a oportunidade de abrir para a icônica banda Conception, uma experiência que marcou sua trajetória e reforçou sua presença no cenário musical. Além disso, a Armiferum realizou uma curta turnê pela Argentina, mostrando seu talento e conquistando novos públicos. Nesta entrevista, conversamos com os membros da banda sobre essas experiências e o impacto do álbum de estreia, “Reach For The Light”, em suas carreiras.
Vamos começar pelo feito mais recente da Armiferum. Como foi a experiência de tocar junto de uma das grandes bandas do cenário mundial, o Conception? Abrir pro Conception foi uma experiência incrível. Não tem como não se emocionar sabendo que estávamos representando o metal nacional junto dos amigos da Ego Abscence e Maestrick para ninguém menos que Roy Khan, um grande ídolo de todos os presentes no evento, e que ajudou a moldar uma parte da nossa identidade.
Antes disso, vocês fizeram uma curta turnê pela argentina, algo que poucas bandas do underground conseguem fazer. Como surgiu essa oportunidade e como foram esses shows? Fomos convidados pelos irmãos argentinos da Inner Force, uma grande banda de Power Metal que já esteve em solo brasileiro, e que celebrou seus 10 anos num show magnífico no The Roxy, e junto desse convite tivemos também a oportunidade de fazer outros 2 shows, onde conhecemos também algumas bandas impressionantes! A cena de metal argentina é muito boa, o público nos recepcionou muito bem, e eu diria que o som das casas em que tocamos foi fantástico. Trouxemos de lá uma bagagem muito grande, e agora sabemos que podemos ir confiantes para turnês ainda maiores!
Todos esses shows incríveis são resultado do excelente trabalho que vocês fizeram em “Reach For The Light”. Passado mais de um ano de seu lançamento, como vocês enxergam hoje essa estreia da Armiferum? Não podemos negar que a recepção e o alcance que nosso álbum teve desde o lançamento foi algo que não esperávamos. O “Reach for the Light” foi o trabalho que mostrou a cara da Armiferum pro mundo, e foi a peça fundamental por trás de cada oportunidade que surgiu até o momento. Quando vimos que as resenhas sobre nosso material eram incrivelmente positivas, isso renovou nossa confiança de que estávamos indo pro caminho certo.
E se vocês pudessem indicar apenas uma música para apresentar a Armiferum para um potencial novo fã, qual música seria? Com certeza, seria “Bring the Light”. Ela é a síntese de todas as nossas influências, condensada em uma única música.
A sonoridade de vocês passa pelo Power, o Prog e até o Metal Extremo. Como vocês conseguiram criar essa identidade tão peculiar sem se perder em meio a referências tão distintas? A identidade da Armiferum não chegou a ser algo que foi pensado em ser assim. Todas as músicas surgiram de uma maneira natural, onde o mais importante sempre foi fazer o que gostávamos, sem se preocupar em enquadrar dentro de um gênero específico. Como cada um da banda veio de um background diferente dentro da música, as influências de cada um eram bem diferentes, e isso ajudou a fazer nosso estilo passear por dentro de tantos gêneros diferentes de uma maneira natural.
Qual foi o maior erro e o maior acerto da carreira da Armiferum até o momento? É uma pergunta difícil de responder, mas eu diria que nosso maior erro foi quanto ao lançamento do “Reach for the Light”. Estávamos ansiosos pra colocar nossa cara pro mundo, e acabamos optando por fazer um lançamento corrido, sem nenhum single. Talvez tivéssemos conseguido um maior alcance feito de um modo diferente. Quanto ao nosso maior acerto, eu diria que foi o de não limitar o potencial criativo dentro da banda. As linhas de baixo do Rafael Bochnia, por exemplo, são extremamente não convencionais, e é algo que é citado sempre que falam do nosso som como algo que atrai quem ouve. Assim como a liberdade pra passear entre os estilos de metal. Essa navegação entre subgêneros também é algo que sempre é citado como algo que agrega ao nosso som.
Atualmente a Armiferum possui seis integrantes em sua formação. Como vocês fazem para gerenciar as diferentes personalidades na hora de compor, tocar e cair na estrada? Nem sempre é fácil administrar 6 personalidades diferentes, porém não é impossível. Nós respeitamos muito as opiniões de cada um, e tentamos sempre chegar em acordos que sejam positivos pra todos os integrantes. A parte da composição do primeiro álbum foi algo que ficou principalmente sobre minha (Guto Cardozo) responsabilidade, mas temos a balada A “Winter’s Tale”, composta inteiramente pelo Ian Gonçalves. Quanto à futuras composições, todos estão sempre livres pra dar suas contribuições e ideias. Afinal, mesmo quando as ideias divergem, nunca esquecemos que todos estão na banda com o mesmo objetivo, que é levar nossa música cada vez mais longe.
Por fim, o que podemos esperar para o futuro da Armiferum? Estamos atualmente no processo de pré-produção de nosso próximo álbum, que ainda não tem um nome definido. Mas podem esperar uma evolução do que foi visto no primeiro álbum, em técnica, velocidade, melodia e principalmente, MUITO peso. Estamos ansiosos pra mostrar pra vocês o que estamos preparando.
Obrigado pela gentileza de atender ao OverRocks. O espaço está aberto para vocês deixarem um recado para os nossos leitores. Muito obrigado pelo convite pra essa entrevista! O recado vai ser simples e direto: se você ainda não conhece nosso som, ouça Armiferum! Você não vai se arrepender!