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Formado em 2008 em São Carlos, São Paulo, o duo ASKE — composto por Felipe Salvini (baixo e voz) e Lucas Duarte (guitarra) — retorna ao cenário underground com seu segundo trabalho completo, “Vol. II”, lançado em 06 de setembro de 2023 pela Eternal Hatred Records. Gravado entre 2021 e 2022 no estúdio 1979, em São Carlos, o álbum traz uma produção meticulosa de Eugenio Stefane e conta com a adição de Thierry Dettmer na bateria, uma escolha acertada que eleva a dinâmica sonora da banda.
Este disco, um dos frutos da pandemia, rompe com convenções ao explorar diferentes nuances do Black Metal, sem se prender ao tradicionalismo do gênero. Desde a faixa de abertura, Sinner, fica evidente que o ASKE não está interessado em seguir fórmulas rígidas. A cadência inicial, envolta em uma atmosfera cativante, deixa claro que a banda está disposta a abraçar influências de outras vertentes, criando uma fusão poderosa com o Blackened Death Metal.
A primeira faixa, Sinner mostra a versatilidade do ASKE logo de cara. A cadência e a atmosfera densa dão o tom do álbum, deixando claro que a banda está pronta para ir além do Black Metal tradicional, incorporando elementos de peso e melodia.
No Soul to Sell mantém a diversidade sonora com passagens mais rápidas e nuances de Thrash Metal. A banda entrega uma faixa que combina velocidade com momentos épicos, sem perder a essência brutal do gênero. Nesta faixa, os trêmolos clássicos do Black Metal se fazem presentes, mas com uma abordagem moderna e única.
Music Knows No Allegiance prova que o ASKE sabe equilibrar tradição e inovação, criando uma sonoridade que não soa datada.
Represente Satanás traz uma energia visceral com letras em português que garantem uma conexão direta com o público brasileiro. Uma faixa enérgica que certamente levará os fãs a agitar involuntariamente ao som pesado da guitarra e da bateria.
The Origin of Satan é um dos pontos altos do álbum. A faixa começa com um lick de guitarra solitário e evolui para uma música repleta de cadência e peso, oferecendo uma jornada intensa e sombria pelo universo profano do ASKE.
Royalist traz uma introdução com tambores que parecem anunciar uma batalha iminente. A letra crítica a relação entre o poder e os oprimidos, criando uma narrativa envolvente que se alinha com a sonoridade agressiva da banda.
Com uma introdução melancólica que se transforma em uma explosão sonora, A Bruxa e o Cardeal destaca-se tanto pelos riffs intensos quanto pela profundidade lírica. A faixa é uma verdadeira obra-prima, narrando a visão de um clérigo durante a Inquisição, enquanto uma “bruxa” é queimada na fogueira.
Eva (Tears of Sodom) traz riffs que evocam a agressividade do Blackened Thrash Metal e remetem ao trabalho de bandas como Sodom. Uma faixa intensa, com vocais que reforçam a energia pesada e visceral da composição.
The Woodcutter é mais uma rajada sonora do ASKE, com elementos épicos que criam uma atmosfera grandiosa. A combinação de velocidade e melodia resulta em uma faixa que reforça a habilidade da banda de criar músicas marcantes.
Fechando o álbum, Pazuzu (Lost in a Valley of Rot) traz o clímax épico que o disco merece. A faixa mistura peso e elementos atmosféricos, demonstrando a versatilidade do ASKE em explorar diferentes vertentes do metal, sem perder a essência sombria e blasfema.
“Vol. II” é uma exploração profunda das possibilidades do gênero, que não tem medo de quebrar barreiras e incorporar influências de fora, mantendo-se fiel à sua essência caótica e profana. Um lançamento essencial para fãs de metal extremo que buscam algo além do convencional.
“Vol II” está disponível em todas as principais plataformas digitais:
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