Midgard – Verdugos: Um retorno triunfal ao Epic Doom Metal
Vinte anos podem parecer uma eternidade para qualquer banda, mas para a Midgard, o tempo só fortaleceu a essência e a identidade sonora do grupo. Verdugos, o segundo full-length dos bauruenses de Epic Doom Metal, surge como um renascimento, um testemunho de persistência e uma evolução natural da sonoridade que a banda construiu desde sua demo homônima, lançada em 1999.
Atualmente formada por Júlio Tio Chico (bateria), Omar Rezende (guitarra e vocal), F.L.Y (vocal masculino, baixo e vocal gutural), Paula Jabur Müller Demoro (vocal feminino) e Miño Manzan (teclado), a Midgard entrega em Verdugos uma experiência musical intensa e diversificada. A influência sueca de nomes como Candlemass continua presente, mas há nuances novas, um flerte mais evidente com elementos do Gothic Metal e do Metal extremo, tornando a audição uma jornada densa e imprevisível.
Desde a faixa de abertura, “Another Day”, já percebemos a precisão cirúrgica na construção do álbum. O dedilhado inicial e o solo de Omar Resende criam uma ambientação melancólica que logo ganha corpo com a solidez rítmica de Júlio Tio Chico e F.L.Y. Em seguida, “Last Sanctuary” dá um primeiro vislumbre do contraste vocal entre Paula e F.L.Y, um dos maiores trunfos do disco. A alternância entre o peso gutural e a suavidade melódica confere um ar épico e dinâmico à composição.
O álbum segue explorando diferentes nuances do Doom e do Gothic Metal. “Pearls to the Pigs”, que já havia sido lançada previamente em videoclipe, se destaca pela dramaticidade e lirismo intenso, enquanto “Midnight Rainbow” acelera o andamento e nos transporta para um território mais próximo do Heavy Doom, sem perder a aura soturna característica da Midgard. É também nessa faixa que sentimos o peso do saudoso baterista Marco Gil*, cuja presença ainda ressoa na identidade sonora da banda.
A segunda metade do álbum se inicia com “Psy-Code-Hellika”, mergulhada na melancolia, uma faixa repleta de passagens atmosféricas e melodias cativantes. Já “Nocturnal Storm” evoca o espírito de lendas como Black Sabbath e Candlemass, com riffs que transitam entre o clássico e o moderno, culminando em um solo brilhante de Omar Resende.
Em meio a tantas camadas sonoras densas, “Crying at the Party” surge como um respiro inesperado. A faixa flerta com o Hard Rock, mas sem se desprender das raízes Doom que permeiam o álbum. Em seguida, “Silent Song” retoma a carga emocional e introspectiva, preparando o ouvinte para o desfecho grandioso.
E é com “Wild Walkers” que a Midgard encerra Verdugos de forma magistral. A música mantém o nível de qualidade que permeia todo o álbum, trazendo um encerramento digno para essa jornada sonora intensa e visceral.
Tracklist:
- Another Day
- Last Sanctuary
- Pearls to the Pigs
- MIdnight Rainbow
- Psy-Code-Hellika
- Nocturnal Storm
- Crying at the Party
- Silent Song
- WIld Walkers
Ao fim da audição, fica evidente que Verdugos não é apenas um novo capítulo na história da Midgard, mas um testemunho de sua resistência e paixão pela música. A espera foi longa, mas o resultado justifica cada segundo. Agora, só nos resta torcer para que o próximo lançamento não demore tanto. Até lá, Verdugos será trilha sonora garantida para os fãs de um Doom Metal épico, sombrio e atemporal.
Para ouvir o disco nas plataformas de streaming, acesse:
Spotify: https://bit.ly/4fbWRYt
Deezer: https://bit.ly/3YEouST
Apple Music: https://bit.ly/40xFFb8
Youtube: https://bit.ly/4eeFNj3
Mais Informações:
www.midgardband.com
www.facebook.com/
www.instagram.com/midgardbr
www.youtube.com/@MidgardBandBR