Ravine aposta na redenção e consolida maturidade no metalcore com o novo EP Second Chance
A banda italiana Ravine está de volta com um lançamento que promete mexer com os alicerces do metalcore moderno. Após o debute ERA: Brighter Days, de 2022, o quinteto de Pádua entrega agora Second Chance, seu segundo EP, uma obra densa, emocional e afiada que aprofunda temas como redenção, resiliência e recomeços.
Com cinco faixas que exploram diferentes nuances do conceito de “segunda chance”, o EP se destaca não apenas pela produção vigorosa e coesa, mas também pela carga emocional honesta e pela sofisticação na composição. Ravine vai além do breakdown: mergulha na introspecção, na crítica e no desejo de mudança.
O carro-chefe do EP, “Sacred Mother”, é um chamado urgente à consciência ambiental. Com riffs pesados e atmosferas densas, a faixa transforma a Terra em um símbolo de segunda chance coletiva — aquela que ainda podemos (e precisamos) agarrar para garantir um futuro. É uma porrada melódica e uma reflexão que ecoa como manifesto.
A segunda faixa de trabalho, “Glare”, muda o foco para a luta pessoal. Combinando passagens melódicas com agressividade precisa, a música retrata o momento de espera por um sinal, uma virada, e reforça a importância de confiar no processo e manter a fé — mesmo no escuro.
Tracklist de “Second Chance”:
- Sacred Mother
- Glare
- Petals
- Until It Breaks
- Second Chance
As demais faixas, “Petals”, “Until It Breaks” e “Second Chance” (a faixa-título), costuram essa jornada emocional com a marca registrada da banda: breakdowns brutais, ambiências etéreas e letras que cortam fundo, entregando um EP que funciona como um ciclo de catarse.
Ravine, formada em 2015, é um nome que vem ganhando respeito não só pela sonoridade que equilibra o peso do metalcore com a introspecção do post-hardcore, mas também pela postura nos palcos. Já dividiram espaço com nomes como Attila e Resolve, e vêm se consolidando como uma das promessas mais consistentes da cena italiana.
Com Second Chance, Ravine reafirma que não está aqui apenas para fazer barulho — mas para tocar feridas, provocar reflexão e mostrar que, sim, é possível renascer através da arte.