Bloco do Caos revisita “Naticongo” com peso e atitude em novo clipe gravado no litoral

No encontro entre o groove do reggae, o peso do rock e a pulsação dos ritmos afro-brasileiros, o Bloco do Caos entrega sua versão de “Naticongo” com intensidade, suingue e liberdade criativa. A faixa, releitura do clássico do Natiruts, ganha agora um clipe gravado em Boiçucanga (SP), entre uma pista de skate, o mar e as montanhas, e marca a largada para uma nova fase da banda: uma turnê com passagens por festivais no Brasil e na Europa.

Com mais de uma década de estrada, o Bloco do Caos segue expandindo seu canto e sua mensagem em palcos cada vez maiores. Em agosto, o grupo embarca para Portugal, onde se apresenta no prestigiado Festival Maré de Agosto, nos Açores — evento que já recebeu outros nomes brasileiros como Lenine, O Rappa, Ivan Lins, Martinho da Vila, Francisco, el hombre, Gabriel O Pensador e Zizi Possi. Essa será a 4ª turnê da banda pela Europa, que já se apresentou em países como Portugal, França, Espanha e Suíça, esse último tendo se apresentado no Montreux Jazz Festival, um dos maiores festivais do mundo. A agenda completa em solos europeus este ano ainda será divulgada pela banda.

No Brasil, a banda também marca presença em dois grandes festivais nos próximos meses: o renomado Festival da Lua Cheia, em Altinópolis (SP), no dia 20 de junho – ao lado de artistas como Nação Zumbi, Gilsons e os chilenos do Chico Trujillo; e Festival Só Amor, em Belo Horizonte, no dia 5 de julho — ao lado de artistas como Armandinho, Ponto de Equilíbrio e 3030. Nos dois festivais brasileiros, o grupo contará com participações especiais das cantoras Bells e Denise D’Paula, que também estiveram no EP “Na Trilha do Bloco com Elas”. Já no Festival Só Amor, além delas, a participação se amplia com Marina Peralta, parceira da banda no álbum “Os Muros Não Sabem Escutar”, de 2022.




A nova faixa, “Naticongo”, parte da essência lírica da canção original para entregar uma versão intensa, dançante e cheia de personalidade. O reggae é o ponto de partida, mas ganha novos contornos com influências do afrobeat, maracatu, beats eletrônicos e distorções que remetem ao rock nacional dos anos 90. É um mergulho sonoro e identitário — com o DNA plural e vibrante do Bloco.

“’Naticongo’ deve ser uma das músicas que mais cantei na vida. Faz parte do meu repertório desde muito antes do Bloco existir. É uma faixa que alcançou um grande público, mas que também carrega reflexões profundas e sentimentos verdadeiros”, comenta o vocalista Ale Cazarotto. “Ela fala sobre a dualidade entre a força e a fragilidade humana, mostra que até um poderoso rei pode sofrer com a solidão e a ausência do amor. É sobre a busca pela paz interior, sobre a felicidade que não está no poder nem no dinheiro. E isso, pra mim, é muito Bloco do Caos.” conclui.

Essa releitura tem muito da essência do Bloco. A banda trouxe uma brasilidade com peso, groove e liberdade. A produção musical ficou por conta de Alê Cazarotto e Bruno Dupre, responsáveis por equilibrar o peso dos beats com elementos orgânicos que reforçam a assinatura do Bloco. A mixagem e masterização ficaram por conta do Fabinho Chapa, do Chapa Music Estúdio, em São Paulo.

O clipe foi gravado em uma pista de skate à beira-mar em Boiçucanga – São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, e aposta numa estética direta, crua e vibrante. Uma conversa entre o orgânico, o ancestral e o digital, com a rua, a natureza e as raízes brasileiras pulsando em um lindo cenário. É o visual das pistas de skate, com o mar e montanhas de fundo, um mix do urbano e da natureza que representa bem esse universo sonoro da música e da banda, que traz o sentimento do reggae e a atitude do rock em sua sonoridade.

Além do lançamento musical, a banda também tem movimentado as redes com uma ação criativa e divertida: a “Missão Caos”, uma série de vídeos sequenciais em formato de “minissérie digital”, nos quais o integrante Thominhas desaparece misteriosamente em meio à preparação para a turnê. O conteúdo gerou movimentação, memes, engajamento entre fãs e ampliou a expectativa para os lançamentos. “Eu e o Alê também trabalhamos com produção e edição de vídeo, então estamos aproveitando isso nas redes. A ideia é misturar arte, cinema, música e narrativa para criar uma experiência mais completa com o público.” comenta Thominhas. “Mesmo não sendo atores, a gente se joga como se valesse um Oscar. Não sei se fica bom, mas pelo menos rendem umas atuações que o pessoal se diverte”, brinca Ale. “Tanto a turnê na Europa, como essa música, ainda não tinham sido anunciadas oficialmente. Então achamos que fazia sentido lançar de um jeito diferente, como um presente para quem acompanha e fortalece o Bloco desde o começo.” finaliza Alê. 

O EP Nosso Canto une canções autorais, como “Nosso Canto” e “Liquidificador” já apresentadas, e versões transformadas de faixas que marcaram a história do reggae e da música brasileira — como “Pacato Cidadão”, do Skank, e agora “Naticongo”, do Natiruts. Com produção caprichada e uma proposta estética própria, o trabalho reafirma o compromisso do Bloco de fazer arte que pulsa, provoca e celebra, com a diversidade sonora e a força coletiva da música. “Esse projeto é sobre reconhecer as vozes que nos formaram e afirmar que o nosso canto também é feito delas”, conclui Ale.

“Naticongo”, do Bloco do Caos, já está disponível em todos os aplicativos de música, e o videoclipe pode ser assistido no canal da banda no YouTube. A dica é: ouça com os ouvidos abertos. Permita-se algo novo, sem comparações, sem esperar ouvir o que já conhece do Natiruts. A proposta aqui não é reproduzir o que já existe, mas apresentar uma nova leitura — com outra estética, outro peso e a identidade do Bloco do Caos. Porque o canto deles também é o nosso. Curta sem moderação!

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