John Arango confronta normas e celebra a liberdade com o single “Impersonal”
Nova faixa do poeta e artista visual colombiano é um manifesto sonoro e visual de autenticidade radical e rebeldia poética
O poeta, músico e artista visual John Arango está de volta com uma obra que não apenas expande sua sonoridade, mas também rasga as máscaras da identidade e da autopercepção. Lançado nesta terça-feira, “Impersonal” é mais que um single: é uma catarse estética e emocional, um grito de liberdade contra os rótulos e convenções impostos sobre gênero, beleza e orientação sexual.
Com letras afiadas e ironia mordaz, Arango se recusa a ser encaixado em moldes pré-fabricados. Ele zomba das críticas, transforma vulnerabilidade em força e encara o desconforto como motor criativo. “Essa música é a peça que melhor me retrata. É uma exposição crua de quem eu sou, sem máscaras ou filtros, mas também um ato de autoafirmação”, explica o artista natural do departamento de Antioquia, na Colômbia.
Seguindo a trilha do single anterior “Rojo Carmesí”, “Impersonal” mantém a pegada rock irreverente, mas agora ganha contornos mais vibrantes e melódicos. O produtor Lelo Arango, cúmplice de longa data, capturou o que John chama de “o som da fera” — seu alter ego poético. A faixa conta com backing vocals de Alem e Cristian López, e pela primeira vez, o próprio John empresta sua voz a algumas seções da canção.
“Essa música me lembra por que eu amo tanto o rock. Seu poder, sua liberdade e a capacidade de dizer tudo sem pedir permissão”, afirma Arango.
O lançamento é acompanhado por um videoclipe conceitual e simbólico, onde John revisita sua infância marcada pela imposição de modelos rígidos de masculinidade. Entre realidade e imaginação, o vídeo propõe uma releitura subversiva da identidade, questionando padrões de beleza, masculinidade e o olhar normativo da sociedade sobre sexualidade.
No clipe, Alem também aparece como convidado especial. Para Arango, ele é mais do que um colaborador: é uma presença essencial na construção desse universo artístico que “Impersonal” propõe.
“Ser impessoal aqui é uma defesa contra críticas e rótulos, mas também um manifesto de liberdade”, pontua o artista.
O single integra o novo projeto de John Arango, “Desde la sangre”, um álbum experimental que mescla poesia, rock e confissões íntimas. Ainda sem data de estreia, o disco será revelado aos poucos, com cada faixa representando um universo visual e sonoro independente.
A arte da capa, clicada por Santiago Piedrahita, reforça a narrativa do caos interno traduzido em introspecção. Dominada pela cor azul, a imagem traz o olhar honesto de Arango, refletindo a calma que pode nascer da ruptura, do confronto com o que nos foi ensinado a esconder.
Para John, “Impersonal” é uma música feita para quem se sente deslocado, para quem já foi julgado por ser diferente e para quem busca, no som, um espelho de liberdade. É uma ode à autenticidade, com o volume no talo e o coração aberto.
“Com a minha arte, não busco apelo de massa, mas sim conexão genuína. Se essa música inspirar alguém a se sentir livre e orgulhoso de si mesmo, já terá cumprido seu propósito.”
Com mais dois singles previstos para este ano e o álbum completo programado para o último trimestre de 2025, John Arango promete seguir transformando suas dores e inquietações em arte poderosa — e profundamente pessoal.
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